Não sinto falta da pessoa fofa que se apresenta ao mundo,
sinto falta da pessoa grosseira que mal me deixava falar ao ser contrariada.
Não sinto falta da pessoa que sabe se portar à mesa de acordo com as convenções da boa educação,
sinto falta da pessoa que come um misto-quente em 5 mordidas enquanto fala.
Não sinto falta da pessoa de gosto gastronômico apurado,
sinto falta da pessoa que gosta de mastigar o inusitado.
Não sinto falta da pessoa que sabe se montar de chique e bem arrumada,
sinto falta da pessoa de cabelo todo jogado para trás, molhado pelas mãos umedecidas em bica de torneira.
Não sinto falta da pessoa que tão bem desfila em sapatos finos e delicados,
sinto falta da pessoa saltitante e acelerada sobre tênis coloridos.
Não sinto falta da pessoa que aprecia um bom whisky ou um bom saquê,
sinto falta da pessoa que adorava parar para uma água de coco.
Sinto – e muito – a falta da pessoa que saberia que metade do dito acima é mentira,
pois a verdade mesmo é que sinto saudade de tudo, dela inteira. E assim a carrego na memória.
Ivone, cadê você? Vim aqui só pra te ler.
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Estava sentindo tua falta. Como foi a aventura das aleições?
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Também senti sua falta, Mariel! Foi realmente uma aventura, cheia de aprendizados. ;)
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Maravilhoso! Inspirador! Você é dez! Um abraço.
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Katia, você é sempre tão carinhosa! Obrigada! :)
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