O que nos faz cruzar a linha para a amizade de fato?
Aquela tão sólida que pode levar umas boas marretadas sem que se desfaça.
Aquela com a qual podemos contar para reconstruir boa parte de nós mesmos
quando caímos aos pedaços.
Será a liberdade dos desaforos ditos na cara?
A franqueza escancarada a qualquer custo?
O respeito radical à individualidade?
A sinceridade absoluta em qualquer aproximação?
O grito saído de qualquer jeito – mas ainda assim com afeto – no meio do desentendimento?
O que nos faz chegar ao terreno seguro do amor mais legítimo?
Aquele local de conforto e abrigo, em que dizer o que se deve ou precisa ser dito
não é uma temeridade e onde a leveza é presença sempre confirmada.
Em que momento uma pessoa deixa de ser apenas mais uma?
Quando o vocativo que seria agressivo traduz somente afeto?
Quando se notam os tratamentos carinhosos usados somente após um tanto de proximidade?
Quando o abraço deixa de ser apenas entre ombros, passando a ser de corpo inteiro – colado – sem pudores neurotizados?
Qual passo nos faz cruzar a linha da certeza do afeto?
Este sentimento delicado que atravessa amizades, paixões e amores.
Quando há cuidados desde uns fios de cabelo fora do lugar até o estado de ânimo e de saúde?
Quando passamos a nos sentir seguros e confortáveis a ponto de desnudar segredos, vícios e erros?
Quando começamos a nos ver transparentes, enxergando através das fachadas e máscaras que usamos para manter a segurança?
Quando passamos a poder brincar com o que quisermos e do jeito que quisermos
sem que haja desconfiança de um subtexto, algo não dito ou camuflado?
Quando é que passamos a tocar e a nos deixar tocar sem receio?
Quando se fica absolutamente à vontade para falar sem tato?
Onde, senão no terreno do afeto,
ter a certeza de que não há mais susto ou abalo,
que desgaste o sentimento instaurado?
@ivonepita
Obrigada, Kessih!
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Reflexivamente lindo!
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Obrigada, Feruchio!
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Sabe de alguma maneira consigo me ver em seus textos, este me toca de uma maneira especial, porque estou vivendo isso uma amizade que começa a querer se transformar e algo mais.
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Obrigada, Rebeca! Cada um lê de uma forma: no seu caso a amizade que se transforma em outra sentimento, mas não para todos é assim ou seria assim. E eu falo de afeto justamento por ele estar em tudo: amor, amizade, paixão. Por atravessar todos estes campos e sem necessariamente por uma barreira divisória entre eles. ;)
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Ultrapassam (poucos) a minha linha da amizade quando sinto falta do vivente e sei que acontece o mesmo do outro lado. Apensas sei. Apenas é.
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Para mim também é assim!
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Boas questões…rs! Estou aqui pensando…
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Vamos pensando!
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Nossa, veio a minha mente tantas novas amizades… Amizades que mais parecem seculares e que foram formadas apenas a alguns anos.
O afeto… sem ele viveríamos solitários. ;)
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Que bom, Léo! Viva o afeto!
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<3 adorei
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Que delícia vc ter adorado, Clarissa! <3
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Quem me conhece sabe que adoro um abraço. desses bem arrochado rs.
E vai um desse para você Ivone, uma das pessoas mais fantásticas que tive a felicidade de conhecer, realmente sou uma pessoa de sorte.
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Seu lindo! Você é uma pessoa maravilhosa, Claudemir! Muita sorte a minha conhecer você!
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Como navego nos meus sentimentos… mais uma vez, lindo, lindo, lindo!!!
Obrigada…
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